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O projecto de investigação sobre a Internet das Coisas, liderado pelo Reitor da UM, Wei Zhao, na sua qualidade de cientista líder do projecto, foi aprovado pelo Ministério das Ciências e Tecnologia enquanto programa sob a égide do “Programa 973”.
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Wei Zhao, Reitor da UM

Um projecto de investigação na Internet das Coisas (Internet of Things, IOT, a designação e sigla em inglês), liderado pelo Reitor da Universidade de Macau (UM), Wei Zhao, foi aprovado pelo Ministério das Ciências e Tecnologia da República Popular da China como projecto integrado no Programa 973”. O “Programa 973” é igualmente conhecido como “Programa para o Desenvolvimento da Investigação Fundamental Nacional Chave”. É lançado pelo governo chinês em Março de 1997 e daí a designação “973”. O objectivo estratégico deste programa é de fazer face a importantes questões científicas encontradas no desenvolvimento económico e social da China, providenciando assim apoio tecnológico e melhorar a competitividade do País na arena internacional. A maioria dos membros da equipa de investigação é provenientes da UM, com os restantes vindo da Academia de Ciências Chinesa, da Universidade de Tsinghua, da Universidade de Tongji e da Universidade Normal da China Oriental.

A UM goza de vantagens sem paralelo no levar a cabo de investigação na IOT. Antes de mais e principalmente, o Prof. Wei Zhao, reitor da UM e principal cientista deste projecto é um especialista de renome internacional no campo da IOT. Durante o exercício das funções de director da Divisão de Sistemas da Rede e da Computação na Fundação Nacional das Ciências dos Estados Unidos, iniciou o primeiro programa de investigação na IOT nos EU e foi responsável da aprovação de fundos para os primeiros projectos. Para além do Prof. Wei Zhao, a equipa integra mais de 30 outros especialistas de renome mundial, incluindo um academician, três professores catedráticos, cinco membros do Instituto de Engenheiros Electrotécnicos e Electrónicos (IEEE) e da Associação Americana para o Avanço das Ciências (AAAS), e três vencedores do Prémio Nacional do Jovem Cientista Notável. Estes especialistas têm especializações em vários campos, tais como a rede de sensores, o sistema de tempo real, o sistema de telecomunicações, o sistema de software, o sistema de energia eléctrica, e por aí fora. A composição da equipa representa o mais alto nível de investigação na IOT na China.

O Reitor da UM, Wei Zhao, fez notar que este projecto, sem dúvida o projecto na IOT de mais alto nível na China, não apenas amplificar as capacidades de investigação da UM, mas oferecerá igualmente à UM uma oportunidade de deixar uma marca em Macau, a China e mesmo a sociedade humana inteira nas arenas económica, científica, tecnológica e cultural.

O termo “Internet of Things (IOT)” (Internet das Coisas) fez a sua primeira aparição num relatório publicado pela União das Telecomunicações Internacionais em 2005. De acordo com este relatório, as redes podem, não só conectar as pessoas e permitir-lhes obter informações sobre objectos, mas também realizar a comunicação entre objectos. Quando as tecnologias estiverem prontas, a IOT espalhará uma importante influência através do mundo. Nessa altura, praticamente tudo que possamos conceber poderá ser conectado a um computador, desde os mais sofisticados satélites até à mais mundana máquina de café.

Enquanto novo conceito, a IOT constitui um foco de interesse no mundo inteiro. A China já identificou a “IOT” como uma componente do “12º Plano Quinquenal”. Em 2009, o Primeiro Ministro chinês, Wen Jiabao, encorajou explicitamente o desenvolvimento da tecnologia da “IOT”. No mesmo ano, o Japão, cujas indústrias de alta e nova tecnologia estão altamente desenvolvidas, concebeu uma estratégia conhecida como “i-Japan”. Em 2010, o Presidente Chinês, Hu Jintao incrementou o perfil da IOT a um grau sem precedentes quando deu instruções aos presentes da 15ª conferência da Academia Chinesa de Ciências e da 10ª conferência da Academia Chinesa de Engenharia, para “acelerarem o desenvolvimento da IOT”.